quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Companheira noturna

Nunca saberei quem eras tu, que me arrancaste do meu mundo e me fazia companhia no frio da noite,
Lembra aquele dia, eu era ainda uma menina cheia de sonhos, tu me vieste, deixou-me ali chorando sem consolo.
Depois daquele dia, vem tu todas as noites, mas não me diz quem é e de onde vem.
Às vezes eu tento não deixar te entrar, mas as minhas lembranças permite que adentre.
Expulso te, mas és insistente e regressa a minha morada.
Não gosto de ti não é por que és muda, mas por que me diz coisas tristes, me faz ter saudades e me faz chorar.
Fica ali só olhando, até que adormeço depois partes, mas tua presença é insana.
Quando acordo olho me no espelho e aos poucos os pés toca o chão frio e a dor permanece.
Estúpida és tu que eu não sei quem é, vem e nem um sorriso pode dar, agora fico eu aqui a lhe implorar um ato de afeição.
Tua presença se modifica, mas continua a me fazer chorar, lembro-me de ti e às vezes sinto saudades, pois era contigo que refletia sobre a vida.
E chorávamos juntas por horas.
Nunca me esqueço, do seu rosto que eu não via, do seu toque que eu não sentia, apenas sei que estava ali a me confundir apenas sua insanidade fazia-me ter certeza que eras tu, maldita solidão.

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