terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um dia triste de outubro.

2012

Hoje sinto como se eu estivesse num corredor preto, com poucas luzes e as poucas que existem estão quase se apagando e conforme vou caminhando para me livrar dele, vejo pequenas salas iluminadas, às quais eu não posso adentrar por vontade própria.
Por mais que eu queira, não consigo deste lugar escuro me livrar. Em algumas situações sou puxada para algumas das salas, mas elas não me pertencem, como se eu não fizesse parte de nenhum grupo. 

A decisão que tomo para sair desta semi-escuridão não pertence a mim, não consigo me libertar de forças que me prendem nesta situação, sem mesmo que eu pedisse. 

Odeio pertencer aparte deste ambiente, em que apenas posso me aproximar de situações as quais só posso absorver o pouco que me cabe, mas logo tenho que virar e sair andando. Quero ficar, como a árvore que cria raiz, dá frutos, sucessivamente em cada verão.

Estou aqui, mas não existo, não vivo, não respiro e nem mesmo durmo, e não consigo me libertar desta escuridão, por favor, deem me a luz.

terça-feira, 7 de maio de 2013

TAPA NA CARA DO SOLITÁRIO.


A liberdade às vezes, nos torna solitário, neste momento é impossível não refletir sobre tudo que passamos na vida.
Acredito que esse seja um momento bom, contando que esta solidão não dure muito, porém isso pode lhe fazer enlouquecer.
Assim seus pensamentos podem surtir reflexos contra o peito.
Com toda essa flechada perfura o que bate constantemente com todos os mais diversos sentimentos.
Ficando exposto ali o que você havia deixado para trás e, como um tapa na cara, você cai em um desespero.
E então é preciso seguir aquela luz no fundo do túnel ou aquela voz boa que te abraça contra o peito e diz não faça isso.
Se você se entrega ao lobo feroz da dor e da decepção... Ai meu caro! Ai tudo se vai sem nenhuma esperança.

sábado, 6 de abril de 2013

O TRISTE FIM DE UM SOLITÁRIO OTÁRIO


Desejo estas palavras para todos que deixaram alguém se sentir sozinho.E mesmo que essa história seja uma invenção, sabemos que muitas pessoas morreram por se sentirem  solitárias.
Olá solitários do mundo,

Que respiram nada mais que um oxigênio carregado de desilusão.

Ó mundo perplexo de sentimentos que não é nada bom.

Deixando para sempre aquela afetuosa alegria do encontro.

E a busca daquela atenção que não cessa,

Mas machuca o peito e todos os dias gotas de sangue percorrem pelo corpo até morrer na boca.

Está ai o solitário otário, cheio de lagrimas nos olhos...

Olhando para o quarto vazio sem ter vontade de adormecer de tão sozinho que está...

As paredes que lhe fazem Companhia riem de sua cara,

Os moveis se movimentam sem lhe pedir licença.

Mas como pedir licença se este solitário simplesmente não existe.

E o solitário otário grita que toda essa tristeza foi uma tentativa falha de aproximação e de não compreensão.

Agora todos correm para ver aquele moribundo caído sozinho, no chão frio do quarto onde por horas ele chorava pedindo socorro, mas ninguém nunca o escutou.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Um pouquinho de mim

Hoje um pedaço da minha vida, passo a observar.
Observo as casas intactas e as arvores em movimento.
Observo as crianças felizes a correr.
Observo os adultos frustrados e os velhos pasmados.
Observo o mundo rodando e eu parada, sem ter o que fazer e para onde correr.
Busco respostas para o que sinto, porém não as encontro, assim escolho observar.
Observo a noite fria e seus moribundos.
E a todo tempo vejo que a verdade absoluta não existe e nem nunca existiu, mas acredito nas verdades que são aquelas a qual escolhemos acreditar.
Por mais, que o que escolhemos acreditar, seja a mais pura verdade, não podemos sair ai invadindo o mundo dos outros e empurrar a nossa verdade.
A perfeição também é alcançada na vida dos seres humanos, porém as pessoas nem ao menos sabem perceber que a pura perfeição encontra-se no imperfeito. É nesta que vemos a simplicidade do lindo.  
Observar apenas para acreditar que seres humanos vivem pior que qualquer coisa, dentro de suas bolhas sem ao menos expressas um sorriso.
A agonia ocorre a todos os momentos nos rostos das pessoas, pois as vejo sentindo a necessidade de falar sobre si e sobre a vida, mas não podem.
Durante todo o tempo, tudo o que vi, que quem fala sobre si e em que acredita com quem encontra, são chamados de loucos.
Em muitas situações notei que uma boa coversa faz com que nos sentimos bem melhor, agora não interessa o quanto gosto de viver, ou não, apenas gosto de observar, o feio, o lindo, o louco e o perfeito, e com toda essa bagunça encontro um pouquinho de mim.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Companheira noturna

Nunca saberei quem eras tu, que me arrancaste do meu mundo e me fazia companhia no frio da noite,
Lembra aquele dia, eu era ainda uma menina cheia de sonhos, tu me vieste, deixou-me ali chorando sem consolo.
Depois daquele dia, vem tu todas as noites, mas não me diz quem é e de onde vem.
Às vezes eu tento não deixar te entrar, mas as minhas lembranças permite que adentre.
Expulso te, mas és insistente e regressa a minha morada.
Não gosto de ti não é por que és muda, mas por que me diz coisas tristes, me faz ter saudades e me faz chorar.
Fica ali só olhando, até que adormeço depois partes, mas tua presença é insana.
Quando acordo olho me no espelho e aos poucos os pés toca o chão frio e a dor permanece.
Estúpida és tu que eu não sei quem é, vem e nem um sorriso pode dar, agora fico eu aqui a lhe implorar um ato de afeição.
Tua presença se modifica, mas continua a me fazer chorar, lembro-me de ti e às vezes sinto saudades, pois era contigo que refletia sobre a vida.
E chorávamos juntas por horas.
Nunca me esqueço, do seu rosto que eu não via, do seu toque que eu não sentia, apenas sei que estava ali a me confundir apenas sua insanidade fazia-me ter certeza que eras tu, maldita solidão.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Carinhosamente dedico estas linhas a minha querida irmã, com quem compartilhei muitos momentos e que por mais que me esforce, palavra nenhuma conseguirá descrever.

Você se lembra quando éramos apenas criança?
Bom, não gosto de nos retratar como apenas crianças por que não éramos comuns, fomos escolhidas para observar as coisas que aconteciam.
Só que Aquele que nos escolheu, não teve o escrúpulo de perceber que deveríamos ser apenas criança, naquele momento.
Logo cedo foi te dada à responsabilidade involuntariamente de cuidar de todos a sua volta, e mesmo na minha incipiência, tinha a responsabilidade de quebrar aquela tensão, com as minhas gracinhas e expressões.
Talvez hoje ninguém perceba o quanto somos fortes, nem mesmo nós.
Hoje para mim não importa os outros, mas a amizade o carinho e o respeito que criamos entre-nos. Agora não precisamos de base, pois nos mesmas criamos as nossas.
Tão longe, mas tão perto, não importa o que aconteça não deixaremos de ser o que somos, pois, o que somos, foi ao longo da vida sendo moldada por nos mesmas.
Mas você se lembra dos doces que repartíamos no fim do mês?
Não da para esquecer né. Era o momento pacifico que tínhamos, em outros estávamos nos adaptando, uma a outra.  Mas nada impedia de que nos amássemos.
Às vezes me recordo, de noites que eu tinha medo você segurava minha mão e cantava músicas até que adormecíamos. Tinha noites que tirávamos para brincar e outras para brigar, por causa do lugar no sofá e outras patifarias.
E ainda crianças, parávamos para entender o que acontecia, mais não dava por que sempre chagávamos na conclusão, que alguém da nossa família teria feito algo muito ruim, pras coisas estar como estavam.
Sentíamos uma forte dor de estarmos, sem o controle, e sei que esta dor ainda esta muita viva, nem que tentamos esquecê-la ela ainda dói.
Éramos criança, mais já tínhamos percepção de adultos, e por mais que tentassem percebíamos tudo o que acontecia, ficávamos alheias sem nada poder fazer mesmo que queríamos.
E só nos restávamos fingir sermos crianças normais. Impossível descrever o que sentíamos, apenas queríamos que Aquele que nos escolheu, deixasse que fossemos, crianças. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

20/09/2011

Dedico ao meu irmão. O qual talvez saberá entender.






20/09/2011
O último Suspiro, na beleza da despedida insana. Sujeitos desesperados sem saberem por onde pisar.
Cada momento que se passa inicia o recomeço da dependência de amar um coração que já não bate mais.
Os passos que barulhavam, aos poucos vão silenciando.
Os sorrisos esplêndidos aos poucos vão se tornando sérios e os olhos brilhantes agora se enchem de lágrimas. A vida que era longa pouco a pouco se vai por um fio, no silêncio de um coração que palpitava de emoção mais que hoje não bate mais.
Doce ilusão tua, esperança a qual morre junto com o corpo frio que já não se expressa mais este é o adeus final.

















20/09/2011

Ao respirar o que é belo, é tua a visão daqueles que não viram e que dão ao belo outro significado.
Mais que significado se o que existe já não permite ter visão, então como dar significado ao que não se vê?
Presença estupida e ingrata que me faz sentir o que não se sente. Observar o que não se observa. Inacreditável e tranquila emoção a qual não sinto, mas que me toma nesse momento infortuno.
Maravilhoso se esse momento não tivesse chegado, mesmo que se esperava. Agora enxergo o vulto nebuloso do seu doce sorriso que me tomou naquele momento em que eu buscava o mais belo sentimento o qual nunca existiu.